sábado, 18 de outubro de 2008

Pânico de autoridade

Sobre o mais longo caso de cárcere privado do País, que deixou aparentemente uma das reféns com morte cerebral, este é tão somente mais um dos casos de falta crônica de autoridade nesse País.
O coronel encarregado da operação admitiu que teve o perpetrador sob mira para o tiro de comprometimento, e não o autorizou. Deu no que deu.
Isso se deve a uma legislação que pune quem age, e não quem deixa de agir, que leva a este tipo de omissão e covardia institucional, que pune os contribuintes.
Em outros locais do mundo, tal tiro seria autorizado na hora, e aplaudido pela imprensa. se aqui acontecesse tal tiro, apesar de correto do ponto vista técnico, seriam dias de jornais, tvs e revistas julgando, da Luciana Gimenez fazendo roda-viva com a Simonni e a Hebe Camargo para discutir se a policia deveria ter atirado ou não, e da Ana Maria Braga entrevistando a familíla das moças, que diriam que o maluco era bonzinho, que não iria fazer nada com ninguém, e que a policia só sabe matar, com direito a decreto do Louro José sobre o caso, que seria lido nas frases da semana de VEJA.
Os políticos dariam declarações que "a policia precisa passar por reciclagem", e outras mais, seria anunciado um programa de investimento de "centos milhões" na capacitação de policiais e depois tudo seria esquecido, sem "centos mil" sequer aplicados.
cocmo nada disso ocorreu, agora vão dizer que a culpa foi do maluco, e foi, mas poderia ser evitado com a morte do agressor, e isso não vai ser dito por ninguém, pelo menos não em voz alta, pois aqui, no pais de "todos", isto não é coisa que se diga, muito menos que se faça, por mais lógico que seja.
Matar, aqui, só nos morros, ou matas, na calada da noite, sem justificativa ou direito para quem morre, no geral os famosos três "Ps".
Sem privilégios de direita ou esquerda, todos são covardes o suficiente para se esconder atrás da omissão, o as Eloás da vida continuam morrendo.

I'm back

De volta, leitores(?), após prolongada ausência, vamos ao que interessa.