sábado, 30 de maio de 2009

A boa luta

"Proponho que todos os blogueiros, sites, portais, jornais e emissoras de rádio e TV se irmanem numa vigília cívica, amplificando o clamor social por Justiça, num veemente apelo ao presidente do Tribunal de Justiça do Pará, Desembargador Rômulo Nunes, e aos Desembargadores membros das Câmaras Criminais Reunidas - Raimunda do Carmo Gomes Noronha, Albanira Lobato Bemerguy, Milton Nobre, Rosa Portugal Gueiros, Therezinha Martins Fonseca, João Maroja, Vânia Valente do Couto Fortes Bitar Cunha, Raimundo Holanda Reis, Brígida Gonçalves dos Santos, Vânia Lúcia Silveira Azevedo da Silva e Maria de Nazaré Gouveia dos Santos, todos pais e avós amorosos e comprometidos com o efetivo cumprimento dos direitos humanos e de cidadania e empenhados no rigoroso combate à pedofilia, para que coloquem o processo 200930049265 em pauta na reunião da próxima segunda-feira, 1º de junho, e cassem o Habeas Corpus concedido a Luiz Afonso Sefer, acusado de estupro e atentado violento ao pudor contra uma criancinha de 9 anos, até os seus 12 anos. A impunidade - ninguém ignora -, servirá como estímulo a tantos outros que, de forma monstruosa, roubam os sonhos e até muitas vezes a vida de tantas criancinhas.Com a reforma efetivada pela Emenda Constitucional n° 45, o Judiciário tem enorme responsabilidade social a cumprir, até mesmo para resgatar sua imagem, abalada pela morosidade que deixa impunes criminosos monstruosos e permite que apodreçam na cadeia presos sem julgamento nem condenação. Quem paga esse elevado custo social? Vidas destruídas, infâncias roubadas, degradação, exploração e vitimização infanto-juvenil, tráfico de pessoas. Para os desvalidos, o Judiciário tem, historicamente, oferecido lentidão e desamparo. Para os poderosos, ainda persiste a agilidade e o tratamento especial. Essa criança, estuprada sucessivamente ao longo de 4 anos, vítima de atos medonhos, de terror sob formas inimagináveis, já está condenada a ser uma adolescente desajustada social e psicologicamente, uma adulta marcada de forma atroz. Ao invés de estudar, passear e conversar com amigas, ter o colo da família para suas confidências e descobertas, foi uma criança explorada; agora é uma adolescente que, por ter a coragem de denunciar, tem que viver escondida, com medo e tendo sua reputação enxovalhada da forma mais torpe e repugnante pelo seu agressor, que circula lépido e fagueiro usufruindo de seu dinheiro e poder. Onde a Justiça? Onde as garantias fundamentais presentes na nossa Constituição Federal? Onde a Carta dos Direitos Universais do Homem e do Cidadão?A concretização da cidadania ampla se impõe como tarefa constitucional ao Judiciário, em especial os direitos da criança e do adolescente, das mulheres e dos idosos. Os horrores sofridos por essa pobre criança aconteceram por absoluta ausência do Estado e da garantia de um dos mais basilares princípios, o da dignidade humana, contemplado pela nossa Constituição Federal e na prática ignorado. Clamo aos Céus para que Deus ilumine e abençoe os desembargadores das Câmaras Criminais Reunidas do TJEPA, para que cassem de imediato o HC e façam valer a Justiça, a fim de que, um dia, nossas crianças e adolescentes tenham seus direitos de fato respeitados e não precisem recorrer ao Judiciário para que pelo menos penalize quem as massacrou em seus sonhos, sua dignidade, suas esperanças. "
Da blogueira e advogada Franssinete Florenzano, aqui: http://www.uruatapera.com/blog/blog.asp

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Demência.

Assisti na Bandeirantes esta semana uma propaganda, sobre a legislação ambiental e como ela estaria "atrapalhando" o desenvolvimento do País, com, entre outros absurdos, entrevistas de agricultores presos por supostamente desrespeitar a dita legislação.
Finalizava conclamando a mudanças na Lei, sem o que morreremos de fome e pobreza crônica.
Grande mentira, a Legislação ambiental protege o País, não o atrapalha. Vejam o caso de Santa Catarina ano passado, com as enchentes, claro caso de desastre ambiental, e o ilustre governador deste Estado ainda quer diminuir as áreas de proteção permanente, aumentando ainda mais o risco de um desastre assim se repetir.
A Amazônia, alvo maior da pretensa mudança na legislação ambiental, em especial o código florestal (Lei 4.771-65), visando diminuir as áreas de proteção e principalmente a reserva legal, hoje de 80% das áreas rurais na Amazônia, caso os senhores da CNA e a demo senadora Katia Abreu não saibam, é o local onde se formam as chuvas que caem na região sul do Brasil, ou as repetidas secas ainda não alertaram ninguém sobre este fato ?
O Rio Grande do Sul passou até poucos dias atrás por uma das maiores secas da história, com enormes prejuízos na safra brasileira e maiores ainda aos agricultores, e podem esperar mais ainda se houver a alteração pedida pela Band, CNA e a senadora demo acima citada.
Não existe impacto na natureza sem que alguém pague por isso, e se formos além do que já fizemos, os impactos podem ser maiores que a capacidade de resiliência da nossa espécie, pois a da natureza, como sabemos, é enorme, vide os dinos e outras bilhões de espécies extintas ao longo das eras.
A visão de que a Lei impede o desenvolvimento é errada e incentivada por setores que hoje estão sendo investigados por crimes maiores, a senadora demo já esteve no Pará defendendo os interesses da Pagrisa, autuada por trabalho análogo a escravidão, e atacando os fiscais do trabalho. Em breve, se vencida a batalha por estes setores, podem esperar afrouxamento na lei trabalhista, próximo provável alvo dos mal intencionados.
Como sempre, o Brasil e suas Zelites estão na contra mão da história, pois enquanto o mundo acorda para o problema gerado pela ganância sem limites, o Brasil pode, vitima desta ganância, estar ameaçando seu maior patrimônio, uma das últimas florestas da terra.
Por que motivo não se utilizam, para a produção tão propalada por estes senhores, os 140 milhões de hectares de áreas já alteradas e improdutivas hoje ?
Vou dizer por que: isso não gera especulação em cima do valor da terra, nem abre chance para que os Daniel Dantas da vida ganhem fortunas comprando e vendendo a Amazônia.
O pior é o tipo de arma empregada pelos devastadores, que tem a mídia ao seu lado, e agora lançam discursos de truculência e prejuízos a população causados pela fiscalização ambiental, como se a ilegalidade pudesse ser aceita por órgãos ou servidores públicos, visando um pretenso bem estar destas populações, quando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos locais onde estão instaladas madeireiras ilegais e fazendas de desmatadores fosse altíssimo, e que tais crimes gerassem grandes rendas a população ou aos municípios onde tais desgraças estão localizadas.
Ao contrário disso, só o que se vê é miséria, trabalho escravo, tráfico de drogas, assassinatos de encomenda, prostituição adulta e infantil e assim por diante, provando que o ilícito ambiental está associado a outros tão ou mais nocivos, e afastando a idéia que tentam passar de pobres coitados que somente querem trabalhar e o Governo, ou a Lei ambiental não deixam.
Tais informações não são somente minhas, mas dados apurados no Mapa da Violência do Brasil(http://www.ritla.net/index.php?option=com_content&task=view&id=2313).
Vamos ter consciência sobre o nosso dever com as futuras gerações, com o bem estar nosso mesmo, hoje e no futuro não tão distante, e principalmente olhar para os lados, e ver a quem vamos nos aliar, antes que seja tarde demais para todos nós, pois na natureza nada se cria, tudo se transforma, portanto, vamos olhar o que queremos transformar e deixar de herança.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Cara-de-Pau



Na imagem de cima, pode-ver uma placa da "associação de produção agroecológica familiar da comunidade Chico Mendes", cujo nome virou panacéia entre os pseudo-ecologistas, movimentos sociais e ex-ministras. Na foto de baixo se observam os "pequenos agricultores familiares", em alegre convescote, como diria o saudoso Ibrahim Sued. Curioso é que só encontro tais pequenos agricultores aos finais de semana nesta "comuna", e neste lote, ao lado da placa, haviam pelo menos cinco carros. Fotos tiradas no domingo, 24/05/2009, de uma invasão em Benevides, localizada na estrada da Maravilha, outrora conhecida como fazenda Santa Paula.
Conheci, infelizmente, a algum tempo, uma das líderes de invasões em Benevides, de prenome Jesus, que tem entre outros empreendimentos um motel e circulava por lá em uma S-10 cabine dupla, liderando sem-terras que tinham comércios, taxis, mototaxis e também eram, alguns, funcionários públicos.
Em todos os "lotes" deste pretenso assentamento, aos finais de semana vejo carros e pessoas em trajes de banho, sem contar os dias de assembléia dos sem terra, quando não tem estacionamento que chegue para tantos carros.
Não defendo aqui o proprietário ou proprietários da fazenda, mas a Lei, e acho um absurdo que se invada uma fazenda, produtiva ou não, para criação de sítios de lazer.
Os "donos" destes sítios devem se gabar aos amigos de sua terra, e posar de barões por aí, com a terra dos outros. Uma Vergonha, como diz o Boris Casoy.

Estou nessa.

De novo no O Eco (www.oeco.com.br):
Um milhão por leis ambientais
25/05/2009, 18:46
Neste final de semana, um grupo formado por ambientalistas, juristas e políticos se reuniu para dar início ao que foi chamado “movimento de reação” contra a destruição das leis ambientais do país. O encontro ocorreu dentro das atividades do Viva a Mata, evento realizado pela não-governamental SOS Mata Atlântica em prol da proteção do bioma. Estavam presentes o deputado José Sarney Filho, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Antonio Hermann Benjamin, o diretor de mobilização da SOS MA, Mário Mantovani, entre outros.A idéia do grupo é, dentro de oito meses, colocar um milhão de pessoas nas ruas, numa mobilização semelhante à que ocorreu em 1984, com o Movimento Diretas Já. “Este é o momento mais crítico do movimento ambientalista brasileiro, estamos numa guerra, agora declarada, onde a mudança no Código Florestal é apenas a ponta do iceberg. Cabe ao movimento ambientalista fazer uma auto-crítica e mobilizar a sociedade”, disse Clayton Lino, da Fundação Florestal do Estado de São Paulo, em relação à desarticulação do movimento ambientalista brasileiro. “Esse mau momento ocorreu por vários motivos, entre eles a falta de um 'extensionismo' ambiental até o campo”, disse.Além de tentar a rearticulação e levar um milhão de pessoas às ruas, o grupo sugeriu a criação de um ranking dos políticos que têm projetos de lei ou emendas contra o meio ambiente. Após o encontro, uma pequena mobilização foi realizada no Parque Ibirapuera, sede do Viva a Mata, já como um “start” para a grande mobilização, segundo Mário Mantovani. O grupo também disse estar de olho na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, que deve votar na próxima quarta-feira a proposta de Decreto Legislativo do deputado Fernando Chucre, que visa reduzir a proteção de restingas no país. “Este encontro de hoje [sábado, 23] é o ponto de partida para a reviravolta das leis ambientais, para um movimento de reação”, disse a O Eco o deputado Sarney Filho. Rede de ONGs da Mata Atlântica entregou carta de apoio ao grupo durante o evento.

Essa é legal também

Uma equipe de pesquisadores brasileiros está em fase avançada de estudos para o OLED (Organic Light-Emitting Diode, em inglês), que seria o futuro dos monitores e tvs de plasma e LCD, muito mais finos e econômicos, a partir do óleo da carnaúba.
Já imaginaram, uma tv de carnaubeiras ?

domingo, 24 de maio de 2009

Ruas de Belém.

Já que a Prefeitura está "retomando" ruas, está mais do que na hora de retomar a Tv. Dom Pedro I, há muito tempo usurpada pela SANAVE, da família do conselheiro do TCE Cipriano Sabino, e que insiste em que a Rua, e aquilo é sem sombra de dúvida nenhuma uma rua de que a empresa se apropriou, é seu pátio de cargas. Vamos lá falsário, desocupe essa também.

sábado, 23 de maio de 2009

Legal essa.

Saiu no "Salada verde" do site O eco (http://www.oeco.com.br/saladaverde)
Televisão à base de moluscos
22/05/2009, 17:25
Um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) está perto de descobrir uma maneira para minimizar em cem vezes o uso de energia nos aparelhos de televisão com formato de tela Screen (igual aos cinemas). A notícia seria comum, caso a fonte da pesquisa não fosse os chocos, moluscos marinhos que trocam de cor em menos de um segundo. A curiosa notícia pode ser lida na íntegra no Tree Hugger.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Messianismo.

Certas pessoas da esquerda sofrem do problema do titulo.
Segundo a "Veja", a ex-Senadora Heloisa Helena pagou passagem para o filho com sua cota de parlamentar, engrossando a lista dos que utilizam o público como se privado fosse.
O diferencial da senadora é que, segundo a revista, sua reação foi dizer que não poderia ser "confundida" com os outros bandidos que fizeram exatamente o mesmo.
Por que, senadora, o que a torna especial nesta questão ? Aonde está a diferença do que a senhora fez do que fizeram os outros ? Por que os outros são bandidos e a senhora não ?
Gostaria muito de entender o ponto de vista que a levou a tirar a conclusão que quando usa passagens da cota para fins pessoais é diferente dos outros parlamentares que também usam a cota para férias em família ou estornos imorais do dinheiro, como a viúva de Jeferson Peres, que retirou mais de R$ 100.000,00 em dinheiro da passagens não utilizadas por seu marido quando vivo. Tenho certeza que ele, homem sério que era, virou no túmulo quando isso aconteceu.
Se alguém souber por que a senhora, senadora, agora, é diferente do resto, por favor, me explique.

domingo, 17 de maio de 2009

È o cara !!!

Esse é o CARA, sabe "de um tudo".

sábado, 9 de maio de 2009

Memória

Quem me conhece sabe o quanto gosto de contar histórias e estórias.
Pois bem, a que vou contar agora tem muito a ver com a minha identificação com a causa ambiental, e vem de 1987.
Neste ano, eu e meu irmão, Alan, eramos da diretoria do Centro Cívico Rosa Gattorno, do Colégio Gentil Bittencourt, e em setembro houve o acidente com o césio radioativo em Goiania, Goiás, e entre uma das soluções estava enterrar o material contaminado na Serra do Cachimbo, divisa do Pará com o Matogrosso.
Entre os protestos contra a medida, houve uma passeata de estudantes, organizada pelos gremios estudantis de alguns colégios de Belém, nascida de ideía do então coordenador estudantil do centro cívico do Gentil, Prof. Cícero, e coordenada principalmente pelo nosso centro, do Colégio Nazaré e do Paulino de Brito, com apoio da UNE, que teve um sucesso inesperado para todos os envolvidos, parando o centro da cidade, e terminando em frente a prefeitura de Belém.
Ao falar no carro som contra a medida, fui surpreendido por um senhorzinho, que com um gravador cassete nas mãos pedia a palavra. O coordenador do Centro Cívico sussurou ao meu lado
-É o Camilo Viana, deixa ele falar.
Passei o microfone ao ecologista, que simplesmente colou o gravador ao microfone e rodou a gravação.
Um barulho infernal invadiu imediatamente a praça, calando os manifestantes. Imaginei que o gravador estava com defeito, ou que dera microfonia no som, mas o velinho continuou com o gravador ligado, fazendo aquele barulho por mais ou menos cinco minutos.
Já estava impaciente, sem saber como acabar com o barulho, achando que ele ia esvaziar a manifestação, pois ninguém entendia o que estava acontecendo, ou o que o ecologista queria com aquilo.
Após cinco minutos do barulho infernal, o doutor Camilo calmamente desligou o gravador, levou o microfone aos lábios e falou:
-Isto, meus filhos, é o som das motosserras destruindo a Amazônia.
A estudantada veio abaixo, entrando em verdadeiro frenesi de gritos e palmas para o ecologista.
Até hoje eu me emociono quando lembro desta história, com a coragem e força com que este homem continua sua luta defendendo nosso maior bem, que é a natureza.

domingo, 3 de maio de 2009

Nova Esperança ? do Piriá.

Estou em campo, na operação Caapora, do IBAMA, com apoio da Força Nacional de Segurança, Batalhão de Policia Ambiental, Corpo de Bombeiros, FUNAI, SEMA e PRF.
Pois bem, o alvo inicial era em Nova Esperança do Piriá, município localizado entre Capitão Poço e Paragominas, para ficar entre os mais conhecidos. Lá, foram encontradas 14 serrarias, sendo 13 totalmente ilegais, e a restante com licença ambiental vencida e sem madeira legal no pátio.
Após a chegada da equipe, os madeireiros fugiram, não retornando aos locais dos seus crimes.
O fechamento das serrarias causou, logicamente, impacto na sociedade local, com fechamento das vagas de sub-emprego, pois o que era pago aos trabalhadores era desumano, segundo relatos, um dos donos, após reclamações sobre o valor pago, de R$ 360,00 por mês, reduziu para R$ 300,00 o salário, em total escárnio pelos direitos destas pessoas.
No município não existe legalidade em nada, as serrarias (ilegais) estão em área de assentamento para reforma agrária, tanto neste município quanto em Cachoeira do Piriá e Viseu, onde mais 8 serrarias foram flagradas nas mesmas condições, nos assentamentos CIDAPAR I e II, e mais uma, em instalação, onde de acordo com o caseiro do local, o assentado "alugou" a área para que a serraria fosse montada, e mora hoje em Castanhal, vivendo da "renda" que sua propriedade lhe proporciona. Triste é ver que o INCRA nada fez para impedir tal coisa, pois existe até serraria em assentamento com Licença de Operação da SEMA.
A madeira que era desdobrada nestes locais era proveniente da TI Alto rio Guamá, e em menor escala das áreas de reserva legal dos assentamentos.
Diversos depoimentos deram conta que a madeira da TI é vendida por alguns indígenas, que enfrentam principalmente a ira das mulheres da tribo, mas de vários outros membros também, pois só quem lucra com a retirada ilegal são os madeireiros.
O crime ambiental, apesar dos que acham que gera emprego e que os "ecologistas" do IBAMA não sabem do que falam ou do mal que causam ao "progresso", defendido por Xavieres e Katias da vida, nunca está sozinho, mas sempre vem ligado ao crime trabalhista, ao tráfico de drogas(mais de 12 kgs. de maconha foram apreendidos, e 23.500 pés de maconha destruídos, pela operação do IBAMA e por outra, no mesmo período, da Policia Civil), a prostituição infantil e a violência sem controle, como foi o caso da família inteira massacrada em Garrafão do Norte, cerca de um mês antes do início da operação, pois para que o crime ambiental prospere, é necessária a ausência do Estado, que dá margem a tudo isso.
Por incrível que pareça, em Nova Esperança existe esperança, e seu nome é Novo Horizonte, uma vila, a cerca de 4 km da sede do município, mais limpa, organizada e bonita que a sede.
Tal vila não tem no comércio da madeira seu motor econômico, mas na agricultura familiar, na pequena produção de farinha, gado e frutas.
Em depoimento a reportagem do Diário do Pará, uma das desempregadas relatou que até 6 meses atrás era agricultora, e que largou a roça pelo subemprego nas serrarias, devendo voltar para a roça se a situação não se resolvesse. Pois bem, a situação está resolvida, as serrarias ilegais foram desmontadas, completamente, e retiradas para Belém, para impedir reincidência no crime, comum na região.
Mas as pessoas falam como se fosse vergonha trabalhar na terra, e os políticos locais, entre os quais o candidato derrotado a prefeitura pelo PMDB, que era dono de uma das serrarias ilegais e que insuflava a população contra as fiscalizações anteriores, estão agora ameaçando queimar a prefeitura, nas mão de um grupo que não compartilha de sua ganância ambiental, e por isso é inimigo do "progresso" que criou o bairro da fumaça, de tantas carvoarias que tinha.
Em 2004 estive nesta mesma região, e em Santa Luzia existiam serrarias que utilizavam madeira da TI, e era uma cidade medíocre, praticamente abandonada. Agora, sem as serrarias ilegais, é outra cidade, limpa, bonita, com ar de prosperidade.
Os predadores da floresta não dão retorno a sociedade, ao contrario do que é apregoado, mas somente deixam um rastro de devastação e miséria aonde estão instalados, por que não querem que a população tenha uma possibilidade de vida decente, sabem que somente assim ela irá servir de mão de obra barata e massa de manobra para suas jogadas sujas, tanto econômicas como políticas.

Espero mesmo que não.