segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Prepotencia

Estou abismado com a fala do presidente da associação de magistrados do Pará em sua entrevista no Jornal Liberal 2º edição de hoje, 22/10.
O magistrado se achou policiado e atacado pela OAB, que denuncia a ausência de juízes nas comarcas.
Falando mais ainda, citou que o documento da OAB "não tem validade nenhuma, não tem fé pública", e que os juízes se reportam a corregedoria do tribunal.
Senhor juiz, antes de ser juiz, o senhor é um servidor público, e deve, assim como todos os servidores, servir ao público, e ao Estado.
Assim sendo, antes de mais nada, deve se reportar a população, que é quem utiliza os serviços da justiça.
Eu mesmo já fiquei horas esperando juízes no fórum de Belém, imagine então no interior.

Um comentário:

Prof. Alan disse...

Na condição de advogado eu afirmo: 50% dos juízes pensam que são deuses. Outros 49% não pensam, tem certeza. Salva-se 1% que são gente como a gente.

Infelizmente a prepotência, a posição de intocável invocada pelo magistrado em questão é comum e predominante na magistratura.

E o que é pior: conheci pessoas absolutamente humildes e centradas que ao ingressar na magistratura adquiriram exatamente a postura altiva que antes tanto criticavam nos juízes. Uma espécie de arrogância adquirida...