Quando cheguei no IBAMA de Belém, todo santo dia havia uma confusão na sala da fauna, envolvendo uma senhora que tinha um macaco-prego, e queria ganhar uma "autorização" para ter o dito animal de maneira legal.
Tal autorização não existe na legislação ambiental, animal sem origem, que não é proveniente de criadouro legalizado, não pode ser legalizado.
A dita senhora não entendia isso, e todo dia voltava e tentava alguém diferente para lhe dar a autorização, não raro fazendo verdadeiros escândalos na sala ou na portaria do IBAMA.
Um belo dia esta senhora encontra uma servidora especialmente legalista, por assim dizer, que tentou, novamente, fazer a senhora entender a situação, sendo travado a seguinte tentativa de diálogo:
-Minha Senhora, a situação deste macaco...
-Macaco, não, ele tem nome, o nome dele é Gugu, a senhora respeite.
Virou as costas, extremamente ofendida, e saiu mais uma vez para armar o barraco dela em frente ao IBAMA, deixando a colega conversando com o vento.
sábado, 12 de setembro de 2009
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3 comentários:
Belo relato!
Leve, conciso, hilário... e o melhor de tudo: verídico.
É isso aí, meu amigo! Dou a maior força, e já me convido para o lançamento do seu livro de "causos" do Ibama.
Abraço
Muito Obrigado, meu amigo.
Nome o livro já tem, Memórias de "Seo IBAMA".
Abraço
Afe! O macaco se chamava "Gugu"?
Isso é uma bichooooona!
Olha, quanto mais eu penso que já vi de tudo na vida, mais a vida se encarrega de me mostrar o contrário...
Mano, conta aquela da mulher que tinha um papagaio, ela carregava o papagaio no colo igual a um bebê, e o louro ficava todo dengoso...
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